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domingo, 18 de dezembro de 2011

RESENHA DO LIVRO "JORNALISMO CIENTÍFICO"

Por: Marcos Lopes



O Papel do Jornalismo Científico na Difusão do Conhecimento Científico no Brasil

 Introdução

 O jornalismo científico desempenha um papel crucial na disseminação do conhecimento científico para o público em geral. No entanto, no Brasil, a escassez de bibliografia e o acesso limitado a publicações especializadas eram desafios enfrentados pelos estudantes de graduação até a publicação do livro "Jornalismo Científico", de autoria de Fabíola de Oliveira, em 1988. Inspirado no livro "Field Guide for Science Writers", essa obra aborda a história do jornalismo científico e destaca a importância desse campo de estudo.

 Desenvolvimento

No século XVII, cientistas europeus começaram a compartilhar suas descobertas através da redação e envio de cartas em diferentes idiomas. Essas cartas se tornaram a base para a criação de periódicos científicos, estabelecendo um modelo para as publicações científicas posteriores. Enquanto a Europa e os Estados Unidos se destacavam na divulgação científica, o Brasil demorou a desenvolver práticas de divulgação científica e jornalismo. Foi somente com o pioneirismo de Euclides da Cunha, que cobriu o massacre de Canudos para o jornal Estado de São Paulo, que o jornalismo científico teve início no país, culminando em sua famosa obra "Os Sertões".

José Reis é reconhecido como o pai do jornalismo científico no Brasil, devido ao seu importante papel na formação e atuação dos jornalistas nessa área. Além dele, outros cientistas e profissionais de comunicação se envolveram profundamente com entidades de divulgação científica, impulsionando o crescimento e a expansão dos diversos meios de comunicação, como o programa Globo Ciência, a revista Ciência Hoje e a revista Superinteressante. 

A autora ressalta a diferença entre a escrita dos cientistas e dos jornalistas. Enquanto os cientistas produzem textos voltados para um público especializado, os jornalistas buscam tornar os assuntos científicos compreensíveis para todos, utilizando uma linguagem acessível e uma abordagem atraente. No livro, Fabíola de Oliveira apresenta dicas sobre como escrever de forma clara e utilizar a metalinguagem para capturar a atenção dos leitores em assuntos científicos. Ela argumenta que o jornalista tem a capacidade de fornecer uma visão contextualizada da ciência, em oposição a uma visão fragmentada.

A relação entre jornalistas e suas fontes é um aspecto importante discutido no livro. A autora identifica problemas que precisam ser superados, principalmente entre os jornalistas mais jovens. Muitas vezes, eles tendem a repetir tudo o que os cientistas dizem, por falta de conhecimento ou insegurança em fazer perguntas relevantes. A autora destaca a importância de nunca ter medo de fazer perguntas ou admitir a falta de conhecimento. Durante a cobertura de eventos e simpósios científicos, é essencial que o jornalista esteja familiarizado com os assuntos discutidos.


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