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terça-feira, 13 de abril de 2010

RESENHA DO DOCUMENTÁRIO - SIMONAL "NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI"


Por: Marcos Lopes

SIMONAL "NINGUÉM SABE O DURO QUE DEI"

O documentário de 2009 aborda a ascensão e queda da carreira de um astro, oferecendo valiosas lições sobre como a imagem e a reputação de alguém podem ser destruídas.

A história começa nos anos 60 e retrata a vida de Wilson Simonal, filho de uma empregada doméstica, cabo do Exército, negro e pobre, que conseguiu alcançar o sucesso musical, a fama e acumular riquezas através de sua personalidade alegre e cativante.

De acordo com depoimentos de amigos e conhecidos de Simonal, o cantor era tão popular que rivalizava apenas com Roberto Carlos. Com uma ousadia extrema, ele conseguia comandar plateias de aproximadamente 50 mil pessoas em seus shows.

Dotado de um talento natural, ele estava sempre presente na mídia, chegando a ser garoto propaganda da Shell e apresentador na TV Record. Ele tinha amizades com muitos jogadores de futebol e até mesmo sonhava em ser convocado para a seleção brasileira na década de 70, sendo Pelé um de seus amigos mais próximos.

No entanto, após um longo período de sucesso e destaque, a queda de Simonal teve início em 1971, durante um período marcado pela repressão e censura militar. Seu contador foi acusado de roubo e posteriormente demitido por Simonal. Insatisfeito com a demissão, o contador moveu uma ação trabalhista contra o cantor.

Usando sua influência, Simonal pediu a um policial do DOPS para assustar o contador. O nome do cantor foi envolvido e ele foi caracterizado como o mandante da agressão. Quando questionado, Simonal afirmou ter ligações com membros do DOPS, o que levou a acusações de colaboração e delação junto ao regime de repressão.

Sua vida foi destruída, ele foi perseguido e processado, acabando por cair em desgraça completa. Simonal foi considerado falido e rotulado como o pior tipo de pessoa. A classe artística virou as costas para ele, e, deprimido e alcoólatra, viveu o resto de sua vida sob condenação.

O cantor faleceu devido ao alcoolismo, e sua reabilitação moral só ocorreu em 2003, quando o processo foi concluído pela Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB - Ordem dos Advogados do Brasil.

O documentário se assemelha a um show, com muitas músicas, resgate de imagens e depoimentos. Na verdade, os roteiristas tentam resgatar a imagem do cantor que encantou milhares de pessoas.

Ficha Técnica:

Gênero: Documentário

Duração: 84 minutos

Direção: Claudio Manoel, Micael Langer e Calvito Leal

Edição: Pedro Duran e Karen Arkeman


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Oi! Eu sou Marcos Lopes, um profissional multifacetado com uma trajetória diversificada. Com meus 51 anos de idade, acumulei uma vasta experiência em diferentes áreas, sempre buscando aprimorar meus conhecimentos e habilidades.

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