Introdução
Desenvolvimento
No século XVII, cientistas europeus
começaram a compartilhar suas descobertas através da redação e envio de cartas
em diferentes idiomas. Essas cartas se tornaram a base para a criação de
periódicos científicos, estabelecendo um modelo para as publicações científicas
posteriores. Enquanto a Europa e os Estados Unidos se destacavam na divulgação
científica, o Brasil demorou a desenvolver práticas de divulgação científica e
jornalismo. Foi somente com o pioneirismo de Euclides da Cunha, que cobriu o
massacre de Canudos para o jornal Estado de São Paulo, que o jornalismo
científico teve início no país, culminando em sua famosa obra "Os
Sertões".
José Reis é reconhecido como o
pai do jornalismo científico no Brasil, devido ao seu importante papel na
formação e atuação dos jornalistas nessa área. Além dele, outros cientistas e
profissionais de comunicação se envolveram profundamente com entidades de
divulgação científica, impulsionando o crescimento e a expansão dos diversos
meios de comunicação, como o programa Globo Ciência, a revista Ciência Hoje e a
revista Superinteressante.
A autora ressalta a diferença
entre a escrita dos cientistas e dos jornalistas. Enquanto os cientistas
produzem textos voltados para um público especializado, os jornalistas buscam
tornar os assuntos científicos compreensíveis para todos, utilizando uma
linguagem acessível e uma abordagem atraente. No livro, Fabíola de Oliveira
apresenta dicas sobre como escrever de forma clara e utilizar a metalinguagem
para capturar a atenção dos leitores em assuntos científicos. Ela argumenta que
o jornalista tem a capacidade de fornecer uma visão contextualizada da ciência,
em oposição a uma visão fragmentada.
A relação entre jornalistas e
suas fontes é um aspecto importante discutido no livro. A autora identifica
problemas que precisam ser superados, principalmente entre os jornalistas mais
jovens. Muitas vezes, eles tendem a repetir tudo o que os cientistas dizem, por
falta de conhecimento ou insegurança em fazer perguntas relevantes. A autora
destaca a importância de nunca ter medo de fazer perguntas ou admitir a falta
de conhecimento. Durante a cobertura de eventos e simpósios científicos, é
essencial que o jornalista esteja familiarizado com os assuntos discutidos.